sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Japão testa bateria para transformar redes de energia

País está investindo US$ 203 milhões em um dispositivo para armazenar o excesso de energia solar e eólica na usina da ilha de Hokkaido

O Japão está prestes a experimentar, em uma ilha ventosa a 800 quilómetros ao norte de Tóquio, uma bateria desenhada para transformar o fornecimento de eletricidade e, ao mesmo tempo, impulsionar o plano de resgate econômico do Primeiro-Ministro Shinzo Abe.

O Ministério de Economia, Comércio e Indústria está investindo 20 bilhões de ienes (US$ 203 milhões) em um dispositivo da Sumitomo Electric Industries Ltd. para armazenar o excesso de energia solar e eólica, na usina da ilha de Hokkaido, estabilizando o abastecimento para os consumidores.

Desde o terremoto de 2011, o Japão redobrou esforços para atualizar os sistemas energéticos e potenciar as exportações para revitalizar sua economia. Espera-se que o dispositivo da Sumitomo leve o Japão à liderança do mercado que possuía na década de 1970 com as calculadoras baratas da Casio Computer Co. e ainda neste século com os carros híbridos da Toyota Motor Corp.

A bateria, que utiliza o metal vanádio para armazenar energia elétrica em depósitos de eletrólitos, foi objeto de pesquisa em países como a Austrália e a China e promete processar o tipo de grandes excessos de energia que podem ocorrer numa rede de transmissão.

A ilha de Hokkaido foi escolhida por estar isolada da rede elétrica do restante do Japão e pelos seus campos abertos, ideais para colocar painéis solares e turbinas eólicas. Caso tenha sucesso, o projeto beneficiará companhias como a Sharp Corp. e a SoftBank Corp., alguns dos investidores que procuraram construir projetos solares quatro vezes maiores à capacidade máxima da rede em Hokkaido. O projeto será finalizado em março de 2015.

Energia solar em Hokkaido: nova rede deve estabilizar o abastecimento de energia para os consumidores

O programa de Abe
O armazenamento de energia é uma das tecnologias em que Abe e o governo anterior têm trabalhado para modernizar a rede do país, cuja estrutura foi estabelecida desde a Segunda Guerra Mundial.

Além dos custos, um dos maiores obstáculos é o potencial das baterias que podem superaquecer e causar incêndios. Em agosto do ano passado, um sistema de segurança para baterias de chumbo ácido de 15 megawatts num parque eólico no Havaí pegou fogo e destruiu seu depósito, forçando a First Wind Holdings Inc. a fechar o parque de 30 megawatts, temporariamente.

As provas em Hokkaido pretendem responder como integrar a maior energia captada em dias ensolarados e com ventos numa rede projetada para lidar com uma produção constante potenciada principalmente por reatores nucleares e combustíveis fósseis que geralmente funcionam o dia todo.

“O projeto permitirá compilar dados e integrar mais energia renovável na rede”, disse Takahiko Date, pesquisador sênior no departamento de inovação em tecnologia informática e comunicativa do Instituto de Estudos Estratégicos Globais Mitsui, em Tóquio. “Se o desempenho das baterias for confirmado, será mais simples implantá-las no exterior”.

Estreitamentos na rede
Nem todos estão convencidos de que o projeto das baterias resolverá problemas na rede. “Pode até ser um bom projeto piloto para aprimorar a tecnologia, mas não resolverá os problemas que Hokkaido está enfrentando”, disse Ali Izadi-Najafabadi, analista para a Bloomberg New Energy Finance. “Não ajuda muito com a questão da demanda total de eletricidade de Hokkaido sendo baixa”, onde a geração de energia renovável aumenta e não há suficiente capacidade para transferir eletricidade para o restante do país, disse Izadi-Najafabadi.

O projeto outorga ao Japão e a Sumitomo uma chance de mostrar a tecnologia de fluxo de oxiredução do vanádio – produto pesquisado durante quase três décadas pela companhia – para as empresas de serviços públicos no mundo que precisam integrar energia renovável às suas redes.

A bateria, com uma capacidade de 60 megawatts-hora, será instalada na subestação da Hokkaido Eletric, em Minami Hayakita, na cidade de Abira, segundo uma declaração conjunta da empresa e a Sumitomo. Um megawatt basta para dar energia a aproximadamente 333 casas no Japão.
Fonte: Exame com Chisaki Watanabe, da Blomberg

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Japoneses mandam primeiro robô para o espaço

Kirobo é capaz de reconhecer pessoas, se comunicar e servirá, em um primeiro momento, para ajudar a distrair os astronautas.

Japoneses mandam primeiro robô para o espaçoDo Japão vem a notícia com que tantos fãs de ficção científica sempre sonharam: na madrugada de domingo (4), do Centro Espacial de Tanegashima, no sul do Japão, foi lançado um foguete levando mantimentos e roupas para os astronautas da Estação Espacial Internacional, na órbita da terra. Até aí, nada demais. O diferente é que junto com essa carga foi um robô. O nome, Kirobo. Pequeno, tem 34 centímetros, mas é o primeiro robô a ser lançado ao espaço.

Quando foi apresentado aos jornalistas japoneses, ele encantou a todos. O robô é capaz de reconhecer pessoas, se comunicar e servirá, em um primeiro momento, para ajudar a distrair os astronautas, que ficam tanto tempo no espaço e acabam sofrendo com a distância. Kirobo está viajando pelo espaço e chega na próxima sexta-feira (9) à estação espacial. Mas ninguém duvida que, no futuro, Kirobo poderá ir muito além.
Fonte: Bom Dia Brasil

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

Governo japonês pretende ampliar horário de funcionamento dos metrôs

Objetivo é reviver a capital japonesa

Quem nunca perdeu o último trem na hora de ir embora para casa e passou por apuros para saber o que fazer durante a madrugada. Pensando nas pessoas que perdem o último trem, o Ministério dos Transportes e o Governo Metropolitano de Tóquio estão considerando a ampliação dos horários dos metros da empresa Tokyo Metro Co. e linhas de metrô Toei, até o ano fiscal de 2015.

Governo japonês pretende ampliar horário de funcionamento dos metrôsO ministério juntamente com Tóquio vai lançar nesta terça-feira, um conselho para discutir formas de melhorar o serviço de metrô, com detalhes a serem concretizados até março.

Entre os principais temas em debate será como melhorar os horários dos últimos trens para o final da noite. O objetivo seria o de aproximá-los aos horários existentes com os trens da JR e linhas de trem de gerência privada para facilitar as transferências de forma mais rápida e tranquila nas principais estações.

Por exemplo, o último trem das linhas Chuo e Sobu, saem da estação de Shinjuku JR às 01h01, enquanto que o último trem na linha Marunouchi Tokyo Metro é 12:22 Estendendo esse horário por cerca de 30 minutos ajudaria a fazer transferências mais eficiente para os pilotos e passageiros.

Alguns apoiam a implementação do serviço de metrô 24 horas. Mas a necessidade de mais trilhos e outras mudanças que seriam necessárias, acaba sendo um obstáculo grande para a realização desse plano. Então a maneira mais viável seria um último trem seria a solução, o governo de Tóquio terá como alvo a mudança pela primeira vez nos horários dos trens e metro, como uma forma de revitalizar a cidade. As discussões com o trabalho, no entanto, seria necessárias.

O ministério e Tóquio também vão considerar expandir os usuários que se transferem entre Tokyo Metro e as linhas Toei. O atual desconto de 70 ienes poderá chegar a 100 ienes.
Fonte: IPC Digital