quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Japão terá trem de levitação magnética de alta velocidade

O veículo, que será capaz de chegar a 600 km/h, deve ser colocado em operação em 2027

Trem de levitação magnética Maglev: o trajeto entre as cidades de Tóquio e Nagóia levará 40 minutos em 2027 ao invés das quase duas horas que o serviço de alta velocidade leva para percorrer hojeA companhia ferroviária do Japão - Central Japan Railway - divulgou nesta quarta-feira seu projeto para construir um trem de levitação magnética capaz de chegar a 600 km/h e que planeja colocar em operação em 2027.

A empresa, que já tinha começado os testes com os novos modelos de trens de alta velocidade, conhecidos como "Maglev", começará os trabalhos de construção da nova linha, que contará com seis estações, a partir de 2014.

Interior do trem de alta velocidade Maglev: a construção da nova linha deve ser iniciada no ano que vemA Central Japan Railway pretende inaugurar sua primeira linha comercial entre as cidades de Tóquio e Nagóia em 2027, um trecho de 286 quilômetros que o novo trem levará 40 minutos, ao invés das quase duas horas que o serviço de alta velocidade "shinkansen" (trem bala) leva para percorrer o mesmo trajeto, detalhou a agência "Kyodo".

Os trens "Maglev" funcionam através de um sistema de levitação magnética que usa motores lineares instalados perto dos trilhos.

Com o campo magnético gerado, o trem é elevado em até 10 centímetros sobre os trilhos, eliminando o contato com o mesmo e tendo apenas o ar como elemento de atrito, o que permite que o trem ganhe mais velocidade.

Para os testes, a empresa usou um trajeto de 42,8 quilômetros com curvas e túneis em Yamanashi.

Trem Maglev passa por teste no Japão: para os testes, a empresa usou um trajeto de 42,8 quilômetros com curvas e túneis em YamanashiA companhia, que opera o "shinkansen" que liga as quatro maiores cidades do país (Tóquio, Yokohama, Osaka e Nagóia), utiliza para seus trens de levitação magnética ímãs supercondutores a uma temperatura de -273°C (o chamado zero absoluto), com o que consegue anular a resistência elétrica e aumentar a velocidade.

A operadora espera estender a linha Tóquio-Nagóia até a cidade de Osaka em 2045.
Fonte: Exame com EFE

sexta-feira, 13 de setembro de 2013

Japão vai perfurar crosta terrestre para entender origem de terremotos

Navio com pesquisadores partiu nesta sexta para missão de quatro meses.
Cientistas querem escavar 7 mil metros abaixo do fundo do mar.

Uma equipe de sismólogos iniciou nesta sexta-feira (13) uma missão com duração de quatro meses que tem o objetivo de perfurar a crosta terrestre em frente à costa do Japão. A expedição vai ajudar a determinar a origem dos terremotos.

Os cientistas saíram a bordo do navio especializado Chikyu, que significa Terra em japonês, dotado com equipamentos de satélites e de uma torre de perfuração de 121 metros que pode escavar 7.000 metros abaixo do fundo do mar.

Imagem feita em 11 de setembro mostra o navio Chikyu ancorado no porto de Shimizu

O barco zarpou do porto de Shimizu (centro do Japão) e retomará, a 80 km da costa japonesa, um trabalho de perfuração iniciado em 2007 que prossegue regularmente desde então sob o Oceano Pacífico. Os investigadores perfurarão até a falha de Nankai ("a falha do mar do sul"), onde a placa do Mar das Filipinas passa sob a Placa Eurasiática.

A intensa atividade geológica desta zona pode provocar no longo prazo um terremoto potencialmente devastador, muito maior que o de magnitude 9 de 11 de março de 2011 que ocorreu mil quilômetros a nordeste desta zona e que causou um gigantesco tsunami. O Japão é alvo de 20% dos principais terremotos mundiais.

Instalação de sensores
Para saber mais sobre estes fenômenos, os cientistas querem perfurar até 3.600 metros sob o fundo oceânico durante esta missão. Durante outra missão no mesmo local no próximo ano espera-se chegar aos 5.200 metros, onde há fricção entre as placas.

"Pela primeira vez se perfurará diretamente até uma zona sísmica, onde é possível gerar uma energia considerável e provocar movimentos da crosta terrestre ao longo das falhas, provocando tsunamis", explicou Tamano Omata, um investigador da agência japonesa de ciências e tecnologias marinhas e terrestres.

Os investigadores planejam instalar sensores na crosta e conectá-los a um sistema de análises situado em terra firme. "Queremos estudar como a crosta terrestre se move nos instantes anteriores aos terremotos" com o objetivo de prever melhor os terremotos no futuro, acrescentou Omata.
Fonte: G1 com France Presse | Foto: Toshifumi Kitamura/AFP

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Robô japonês Kirobo pronuncia as primeiras palavras no espaço

Androide foi enviado à ISS para fazer companhia a astronauta japonês.

Kirobo chegou à ISS no mês passado junto com material e mantimentos.

Kirobo, um pequeno robô japonês enviado à Estação Espacial Internacional (ISS) para fazer companhia a um astronauta nipônico, pronunciou as primeiras palavras de um robô no espaço, anunciaram os criadores do androide.Kirobo, robô astronauta japonês, 'posa' para foto em Estação Espacial Internacional (ISS).

'Em 21 de agosto de 2013, um robô deu um pequeno passo para um futuro melhor para todo o mundo', disse Kirobo em uma frase que recorda a pronunciada por Neil Armstrong na Lua em 1969. 'Olá a todos na Terra! Sou Kirobo. Sou o primeiro robô astronauta do mundo que fala. Muito prazer', completou em japonês.

Na quarta-feira (4) foram exibidas pela primeira vez as imagens de Kirobo no espaço, durante uma reunião do Comitê Olímpico Internacional (COI) em Buenos Aires.

O robô, que pode posar como um atleta, manifestou apoio à candidatura de Tóquio para receber os Jogos Olímpicos de 2020. A capital japonesa disputa a sede com Madri e Istambul. A decisão será anunciada no sábado.

Kirobo chegou à ISS no mês passado com 5,4 toneladas de material e mantimentos para os tripulantes.

Idealizado pelo especialista em robótica Tomotaka Takahashi e desenvolvido por cientistas da Universidade de Tóquio, da Toyota, da Agência de Exploração Espacial (Jaxa) e do grupo publicitário Dentsu, o pequeno Kirobo conversará com naturalidade, em japonês, com o astronauta nipônico Koichi Wakata, que chegará à ISS no fim do ano.

Kirobo é inspirado no 'Astro Boy', personagem de mangá criado pelo desenhista Osamu Tezuka.

O androide, de 34 centímetros de altura e quase um quilo, caminha, reconhece rostos e registra imagens.

O objetivo do projeto Kirobo é estudar em que medida um robô de companhia pode dar apoio moral a pessoas isoladas durante longo período.
Fonte: G1 com AFP | Foto: AFP Photo