sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

Ilha japonesa de Okinawa aprova transferência de base militar dos EUA

Mais da metade dos 48 mil soldados americanos estão em Okinawa.

Ilha japonesa de Okinawa aprova transferência de base militar dos EUAAs autoridades da província japonesa de Okinawa autorizaram nesta sexta-feira (27) a transferência da polêmica base militar americana de Futenma à zona norte da ilha principal da região, passo crucial para retirar esta instalação da área urbana onde fica.

O governador provincial, Hirokazu Nakaima, aprovou finalmente as obras na zona litorânea de Henoko, onde está previsto que se situe a nova base, após levar anos exigindo que as instalações fossem transferidas para fora de Okinawa.

Para tentar conseguir a aprovação do governador Nakaima, o primeiro-ministro Shinzo Abe apresentou nesta semana um pacote de medidas para diminuir a carga que representa a forte presença militar para a região e prestar apoio financeiro para estimular a economia local - Okinawa é a província mais pobre do país.

A província abriga mais da metade dos cerca de 48 mil soldados que os Estados Unidos mantêm no Japão, e 20% do solo da ilha principal de Okinawa é terreno militar americano.

A mudança da base, que se encontra emoldurada no mesmo centro urbano da cidade de Ginowan, de 94 mil habitantes, está há anos emperrada perante a forte oposição dos políticos e da população local (que exigem sua retirada de Okinawa) desde que Japão e EUA fecharam um acordo para transferi-la em 1996.

A base de Futenma, que ocupa cerca de 480 hectares, está situada em plena cidade e completamente rodeada de casas e edifícios públicos, o que durante anos gerou protestos de seus cidadãos pelo barulho e pela possibilidade de acidentes.

O Executivo central tenta há anos que o governo da província aceite construir a nova Futenma em Henoko, uma área com um ecossistema protegido situado no norte da mesma ilha. Tóquio fica agora pendente do resultado das eleições para a prefeitura de Nago, município no qual inscreve-se Henoko, cujas autoridades se negaram até agora a aprovar a mudança.
Fonte: IPC Digital com Efe

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